E aí que é sempre bom fazer aniversário. E eu acho que independente da idade, sabe? Porque é uma data em que se celebra a vida, em que se comemoram mais 365 dias experimentados e tudo o que veio de bom e de ruim nesse período... Ontem eu acordei com a sensação incrível de que todos os meus textos, todas as músicas que eu ouvi, todas as leituras que eu fiz, todas as coisas pelas quais eu me apaixonei e me entreguei - e aquelas pelas quais eu apenas dediquei minhas horas, ainda que sem paixão, todas as trilhas, tropeços e percalços... Tudo, tudo me encaminhou pra que eu chegasse até onde eu cheguei. E eu gosto muito do lugar em que eu estou - embora ainda seja o só início do caminho, com as pessoas que eu estou e do jeito que eu estou. E isso é uma dádiva. Porque em um mundo de insatisfações, gostar de onde se está é um presente.

Não mudou nada, mas mudou tanta coisa...

Que eu diga sempre o que eu quero dizer. Que eu não me cale diante das ameaças de qualquer coisa. Que eu compre os desafios que me possibilitem a felicidade. Que eu não me limite a ponto de deixar se ser a pessoa que eu sou. Que eu alcance o homem que eu planejo ser algum dia. Que nunca me falte fé na vida e em mim mesmo. Que eu possa me desdobrar em boas energias. Que eu arda, cintile, exaspere, incandesça... Amor. Que furacões continuem fazendo parte da minha rotina e que a calmaria venha sempre depois deles. Que os dezenove anos vividos sirvam pra deixar os próximos dezenove muito mais leves. Que eu me perca, mas nunca esqueça de que isso também é estrada. E a estrada é o destino. Precisa ser. Porque o que eu quero é intensidade. Que não me falte fome... De vida. Que eu não desista do que me satisfaz. Que a minha racionalidade se encontre com a minha emoção... E que a tempestade seja perfeita.

(E eu só tenho a agradecer... Aqueles que vieram na minha casa ontem me dar um abraço, os que telefonaram, os que deixaram mensagem no celular, recado no facebook ou no twitter, os que pensaram em mim de longe... Eu só tenho a agradecer. Porque descobri que a vida não faz muito sentido sem ter com quem compartilhá-la. É pra se dividir mesmo. Alegrias, tristezas, vitórias, sentimentos de qualquer espécie, amadurecimentos, um pedaço de bolo, o preço do táxi, a conta no bar. E eu tenho mesmo muita sorte de ter as companhias que eu tenho. Deus, universo, acasos afortunados... Só me resta agradecer.)

Acordei feliz. Estou feliz. E é isso que eu desejo pra mim mesmo nessa nova idade, nessa nova fase...