sobre meu amor e todas as coisas
domingo, abril 07, 2013
00:36
Porque se eu encontrasse com o Likem do mês de maio ou junho do ano passado, eu diria pra ele parar de se preocupar. Parar de se preocupar com o amor. Pra que ele parasse de se sentir sozinho ou de pensar que Afrodite tinha esquecido dele. Pra que ele desencanasse desses textos melosos e cheios de lamentação do blog. Pra que ele esquecesse a ideia de que o inverno chegaria e ele estaria sozinho, mais e mais uma vez. E eu diria isso a ele porque em pouquíssimo tempo, em muito menos tempo do que ele pudesse imaginar, aquela menina que era só mais uma caloura no curso de Direito, aquela que ele fez questão de não soltar a mão numa outra festa de forró, aquela mesma que havia ido para o show da Ivete no São João e que, indiscutivelmente, tinha trazido outra perspectiva pra aquela viagem... Seria a que traria outra perspectiva para a vida. Para a vida em todas as suas amplidões.
Porque se ele soubesse que haveria alguém para compartilhar todas as particularidades do ser, para dividir o sorvete, o sofá, os discos. Alguém para dividir a mesa no bar, o copo no bar, a conta no bar. Alguém para dividir os lençóis e a caminha de solteiro. Se ele imaginasse que teria alguém que ele quisesse mesmo apresentar para a mãe, o pai, o irmão, os tios, as avós, os melhores amigos. Se passasse pela cabeça dele que chegaria uma mulher, uma mulher que ele chamaria de amor...
Porque ele não sabia que um corpo podia guardar tanta paz. Que um sorriso era capaz de iluminar um dia cor de cinza. Que uma mensagem poderia ressignificar toda uma rotina. Que uma conversa o faria rever conceitos. Que um mais um, poderia ser igual a um. Ele simplesmente não sabia...
Mas agora ele sabe. Mas agora eu sei.
Eu sei que foi no dia certo. Que foi no mês certo. Que foi no ano certo. Que foi na fase certa. Que foi na vida certa. Eu sei que esse encontro era pra ser. Que com todas as voltas que o mundo dá, nossos caminhos se cruzariam e seguiriam a mesma direção. Porque nesse mar, eu não quero navegar se não for contigo. E eu nem tenho medo por não saber nadar. E eu nem me preocupo, porque eu sei que os ventos sopram ao nosso favor. Que nós somos muito mais fortes do que o que quer que conspire contra.
E se eu encontrasse com o Likem do mês de maio ou junho do ano passado, eu só diria pra ele parar de se preocupar... Porque em pouquíssimo tempo, em muito menos do que ele pudesse imaginar, o amor viraria rotina.
Thaís, meu amor, minha hóspede, meu lar, minha pequena, meu carinho... Obrigado por me trazer até onde eu estou, porque é aqui que quero ficar. Do seu lado.
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