agridoce
segunda-feira, outubro 22, 2012
16:41
Porque às vezes eu fico viajando (ainda) nessa história toda nossa. E em toda essa afinidade, em toda essa intimidade, todo esse tom de felicidade que você traz pras coisas. E penso em todo o carinho do tempo em nos aproximar, nas sutilezas que a rotina foi deixando pelos nossos caminhos pra que a gente (se) percebesse. Assim, desse jeito. Nesse jeito manso, que é só nosso. É que quando a gente acorda, entre os lençóis bagunçados e instintivamente se aninha no calor um do outro. Quando a música toca, o arrepio desperta e o beijo vem. Quando uma conversa despretensiosa se torna mais um motivo de admiração. Quando o seu sorriso acende o meu olhar... Quando você está em mim e eu estou em você, sincronizados com as nossas próprias vontades, o mundo fica mais leve. Mesmo que ele não seja, ele se torna.
(E eu te acho incrível. Tão humana e tão incrível.)
Eu penso na necessidade de falar desse amor, na vontade que dá de dizer em seu ouvido o tempo todo as coisas mais lindas que minha imaginação alcança, mas é que você me cala. Tanto bem-querer me emudece. E porque eu sei de cada curva do seu corpo. E porque eu sei decoradas as nossas canções. E porque eu sei das minúcias desse sentimento. E porque eu permito que você saiba de todas as sinceridades que eu carrego comigo, na minha desorganização. E porque só nós dois vivemos o que nós dois vivemos, eu às vezes prefiro não dizer nada e apenas sentir.
Mas, meu amor, quando você perdoa todas as minhas indiscrições, todas as minhas confusões, todas as minhas distrações. Quando eu assumo minhas inexperiências, minhas vicissitudes, minhas idiossincrasias pra você e mesmo assim recebo o convite pra fazer parte da sua vida... Você me ganha e conquista o que já é todo seu. E dá vontade de repetir que não há como não ser... Seu.
É tudo e todo seu. Esse amor que chegou quase que aleatoriamente, entre uma festa e outra, entre cumprimentos trocados em um corredor. Esse amor que não foi combinado, que não estava previsto, mas era impossível de se rejeitar. Esse presente, esse suspense, esse nonsense... Que me deixa em êxtase. Esse amor que nunca caberia em uma única música e isso deve explicar a quantidade de CDs que compramos juntos. Esse amor agridoce, que é pra não enjoar.
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