Novo?
quarta-feira, janeiro 02, 2013
18:35
Dessa vez foi diferente. A Terra completou mais uma volta em torno do sol, iniciou uma nova trajetória que renderá 365 dias e 4 estações... Até aí nenhuma novidade. Mas eu? Eu só estou continuando o meu caminho, sem reiniciar nenhum ciclo. E ano novo sempre traz todas aquela sensação de renascimento, de que não é só o calendário que recomeça, mas também as nossas vidas e as escolhas que a formam. Aquela sensação de que tudo poderá e irá ser diferente, de que está tudo zerado. Uma grande chance de juntar os cacos, renovar as esperanças e reiniciar, é isso que o primeiro de janeiro representa. Sem cansaço, sem remorsos, sem traumas, sem contas pra pagar, sem dores de cabeça de segunda-feira. Bom demais pra ser verdade? Yeah, I know...
E tinha sido assim, sabe? Tinha sido assim por muito tempo. Essa ilusão boba... Ilusão que às vezes é necessária pra poder seguir em frente. Mas que é desmascarada quando no dia dois de janeiro, dia útil, é preciso pagar as prestações do natal, sair pra trabalhar, arrumar a casa, lidar com o passado e com todas as obrigações remanescentes e recentes que surgem na rotina.
Não é disso que eu quero falar.
Eu quero falar é de sensação de continuidade que 2012 me proporcionou. Dessa vez, ineditamente, eu não quero que nada recomece. De-si-lu-di. Não quero uma outra estrada, uma supernova, companhias diferentes e nem nada. Eu só quero continuar onde eu estou, com quem eu estou. Porque depois de tudo que eu sobrevivi nesse ano que terminou... Os questionamentos sufocantes sobre o meu futuro, os desacertos afetivos, as despedidas, as saudades, dois semestres intermináveis na faculdade.
(...)
Depois de descobrir que a cor da minha paz é o castanho dos olhos da Thaís e que o amor estava na sala do lado. Depois de construir as novas amizades que eu construí. Depois de trocar de estágio e ganhar um pouquinho mais. Depois de aprender a dirigir. Depois de ver o show do Caetano, da Ivete, da Gadú, da Vanessa, do Teatro, do Lulu, do Leoni, do Biquíni, do Agridoce e da Tiê. Depois de completar a minha coleção da Joss e da Maria Rita, que lançou um último CD no fim do ano e que eu não tenho ainda. Depois de finalmente conhecer o Rio. Depois de ter redescoberto a minha capacidade de me reinventar. Depois de aprender a querer mais, de saber que eu posso e mereço mais. Depois de viver vários anos em um único. De sentir a intensidade de cada mês... Eu não quero zerar a contagem da vida, eu quero prosseguir. Sem negar nada do que sou, quis e fiz até aqui.
2013, pode chegar. Eu já estou aqui. Minhas prestações atrasadas também.
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